Reino Unido emitirá 10.500 vistos temporários para aliviar os problemas de abastecimento antes do Natal.
O governo britânico anunciou no último sábado que irá conceder mais de 10.000 vistos temporários para motoristas de caminhão e avicultores na tentativa de ajudar a aliviar os problemas de abastecimento no país antes do Natal.
O visto temporário terá duração de 3 meses. O Departamento de Transporte disse que vai emitir 5.000 vistos para motoristas de caminhão, o objetivo é fornecer “alívio de curto prazo para a indústria de transporte”. Os outros 5.500 vistos serão para avicultores “para evitar quaisquer pressões adicionais potenciais sobre a indústria de alimentos durante este período excepcional.” (Natal)
Além dos vistos temporários o governo pretende realizar uma ação para capacitar 4.000 pessoas como motoristas de veículos pesados (HGV), e contará com o apoio de examinadores do Ministério da Defesa.
A decisão do governo veio logo após alguns postos de gasolina fecharem as portas nos últimos dias porque não há motoristas qualificados em número suficiente para distribuir combustível em todo o país. Junto com a crise de combustível, inúmeras reclamações acontecerem devido às prateleiras de supermercados vazias, também causada por problemas de abastecimento.
Segundo informações das indústrias britânicas, faltam dezenas de milhares de motoristas de caminhão no país. Inúmeras razões foram citadas para explicar o desencadeamento da crise: A pandemia COVID-19, o envelhecimento da força de trabalho e o êxodo de trabalhadores estrangeiros após o Brexit, que de acordo com as novas regras de imigração introduzidas, os cidadãos da UE não podem mais viver e trabalhar sem visto no Reino Unido.
Vários setores da Indústria alertaram o governo sobre os problemas de abastecimento no país desde junho deste ano, no mesmo período, as empresas e outras organizações se juntaram para solicitar que o governo flexibilize as regras de visto para ajudar a melhorar a situação.
As indústrias agrícolas e de processamento de alimentos, que necessitam de apanhadores de frutas e embaladores de carne, fizeram pedidos semelhantes.
O governo resistiu, dizendo que os trabalhadores britânicos deveriam ser treinados para assumir os empregos. Mas os problemas com a falta de mão de obra no país, principalmente de caminhoneiros fez com que nos últimos dias motoristas de formassem filas em postos de gasolina para abastecer, o medo de ficar sem combustível pela falta de abastecimento dos postos no Reino Unido gerou um caos em todo o país.
O pacote de medidas divulgado pelo Departamento de Transportes também inclui um esquema para treinar 4.000 pessoas como novos motoristas de veículos pesados. O governo também irá investir £ 10 milhões para criar “treinamentos de habilidades” para treinar 3.000 pessoas durante cursos “gratuitos, curtos e intensivos”. As outras 1.000 pessoas serão treinadas em cursos locais financiados pelo orçamento do governo para a educação de adultos. Além do investimento, para acelerar o processo, Examinadores de Direção de Defesa serão implantados para aumentar a capacidade de teste do país nas próximas 12 semanas.
A crise no abastecimento dos postos de combustíveis fez com que a British Petroleum e a Esso fechassem vários de seus postos na Grã-Bretanha esta semana porque não havia caminhoneiros suficientes para abastecer as bombas. O EG Group, que opera cerca de 400 postos de gasolina no Reino Unido, disse que estava limitando as compras a £ 30 por veículo.
Em um comunicado, o governo disse que a Grã-Bretanha tinha “amplos estoques de combustível”.
“Mas, como em países ao redor do mundo, estamos sofrendo de uma escassez temporária de motoristas relacionados ao COVID necessários para transportar suprimentos pelo país”, disse o documento, não reconhecendo o Brexit como um fator.
Já o chefe da Confederação da Indústria Britânica, Tony Danker, a falta de motoristas era em parte uma ressaca do Brexit,.“Tivemos vários motoristas que voltaram para casa que não gostaram de voltar para casa, e acho que há essa questão maior do sistema de imigração, e é complicado”, disse ele em uma entrevista para BBC. Para Danker, flexibilizar as regras de visto seria “um grande alívio”.
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