Autoestima: Por que é tão importante?

Ao contrário do que muita gente pensa, a autoestima não tem relação apenas com a nossa aparência física, na verdade, a nossa autoestima possui quatro pilares essenciais (que iremos ver melhor a seguir) e, se não há equilíbrio entre estes pilares, ela pode estar comprometida.
Então, a autoestima nada mais é do que a visão que você tem de você mesma. A forma como respondemos aos acontecimentos da nossa vida no dia a dia é formada por quem nós somos e o que pensamos que somos. Como nos sentimos a respeito de nós mesmos pode afetar bastante muitas áreas da nossa vida, desde o nosso desempenho no trabalho, até as relações interpessoais com amigos, família, e relacionamentos amorosos.
A autoestima revela o quanto você se aceita, se respeita, e se valoriza, o quanto você se acha capaz e merecedor de ser feliz e vencer todos os desafios que a vida lhe apresenta.
O Psicólogo e terapeuta Cognitivo Comportamental Walter Riso dividiu a autoestima em quatro pilares:
- autoconceito (o que você pensa de si mesmo);
- autoimagem (que opinião tem de sua aparência);
- autorreforço (em que medida você se premia e se gratifica);
- autoeficácia (quanta confiança você tem em si mesmo).
Quando esses pilares estão “desajustados”, a baixa autoestima pode aparecer com mais facilidade atingindo todas as áreas da vida. Uma pessoa sem autoestima, ou seja, que não consegue enxergar aspectos positivos em si mesma, tem maior probabilidade de fazer escolhas ruins ao longo da vida. Por exemplo, no campo profissional não consegue evoluir, pois não tem confiança no próprio potencial e consequentemente não tem coragem para tentar algo novo, melhor, acaba sempre se autossabotando.
Alguns sinais de baixa autoestima são:
– Excesso de autocrítica
– Pouca ou nenhuma autoconfiança
– Dificuldade em aceitar elogios
– Sentimento de inferioridade
– Necessidade de aprovação
Para o terapeuta Walter Riso, os trabalhos realizados no campo da psicologia cognitiva nos últimos vinte anos mostram claramente que a visão negativa que se tem de si mesmo é um fator determinante para o surgimento de transtornos psicológicos como fobias, depressão, estresse, ansiedade, insegurança interpessoal, alterações psicossomáticas, problemas de relacionamento, baixo rendimento acadêmico e profissional, abuso de substâncias nocivas, problemas de imagem corporal, incapacidade para regular as emoções e muitos outros.
A autoestima é desenvolvida ao longo da nossa vida através de experiências que vivenciamos na infância ou adolescência, e em alguns casos na vida adulta através de uma experiência que tenha sido marcante. O mais importante é que a nossa autoestima, ou seja, a imagem que temos de nós mesmos não é herdada ou geneticamente determinada, mas sim, aprendida.
Já que ela é aprendida, ela pode ser tratada e modificada. Algumas características não são possíveis de mudança, como nossa altura, e alguns traços do nosso temperamento, por exemplo, mas outras como nosso peso e nossa insegurança exigem esforço, tempo, e um bom plano de ação com metas direcionadas à mudança desejada.
Aqui vão alguns aspectos importantes para te ajudar a desenvolver a sua Autoestima:
- Invista em Autoconhecimento: Já percebeu que é muito difícil amar alguém que a gente não conhece? Pois é, por isso a importância de conhecer sua história, seus pontos fortes e qualidades, e aqueles pontos vulneráveis que também precisam ser trabalhados.
- Evite a autocrítica: A autocrítica pode ser produtiva quando feita com cuidado e com o objetivo de aprender e crescer, pode servir para corrigir erros e gerar novos comportamentos, mas se for usada indiscriminada e cruelmente além de gerar estresse, afeta de maneira negativa a o autoconceito (que é o que você pensa sobre si). Não seja cruel com você mesma, a melhor forma de desenvolver sua autoestima não é sendo sua pior inimiga, pelo contrário, é assumindo uma postura auto compassiva.
- CONSTRUA uma boa autoestima: Como já vimos, uma boa autoestima pode ser aprendida e construída independente da sua idade, mas para isso é preciso metas realistas em direção ao que deseja modificar. Estipular pequenas metas diárias e se comprometer com elas é essencial para se sentir em constante progresso, aumentar seu senso de autoeficácia (confiança que você tem em si) e testar novas versões de si mesma.
- Psicoterapia: Último, mas nem de longe o menos importante. Na psicoterapia o espaço será apenas seu, sem julgamentos, sem opiniões vazias e conselhos inúteis. O papel do profissional será ter uma escuta qualificada sobre suas questões, como elas surgiram e foram mantidas ao longo da sua vida, usar técnicas estudadas e testadas da psicologia para te ajudar nesse processo, e te auxiliar na construção de uma autoestima mais satisfatória de acordo com as suas necessidades.
Espero que essas informações sobre Autoestima tenham sido úteis para você.
Lembre-se: Gostar de si mesma vai muito além do que você refletiu no espelho.
Para ler: Apaixone-se por si mesmo: o valor imprescindível da autoestima / Walter Riso.
Para ver: Dove – Retratos da Real Beleza/ www.youtube.com/watch?v=Il0nz0LHbcM
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