As Descobertas Mais Importantes Sobre Felicidade dos últimos anos…e como isso afeta você?
Em uma pesquisa recente e ampla, Sonja Lyubormisky, Professora Ph.D. de Psicologia Positiva na Universidade da California, especialista em felicidade humana, concluiu que: “a felicidade depende 50% de tendências genéticas, 10% de circunstâncias e 40% de atividades intencionais“. Isso é verdadeiramente fantástico! A pesquisa de Sonja nos dá 40% de controle sobre a felicidade, e, portanto, é uma descoberta que chama muito a atenção de estudiosos da potencialidade humana, como eu, por ser um percentual bastante significativo.
Mas afinal, o que é felicidade? Desde a antiguidade clássica a felicidade tem sido tema de debates e reflexões filosóficas e religiosas. A maioria de nós provavelmente não acredita que precisa de uma definição formal de felicidade; nós a conhecemos quando sentimos, e muitas vezes usamos o termo para descrever uma série de emoções positivas que temos, incluindo alegria, orgulho, contentamento e gratidão.
Gosto da maneira que Sonja Lyubomirsky descreve a felicidade em seu livro de 2007 ‘The How of Happiness’: “a experiência de alegria, contentamento ou bem-estar positivo, combinada com a sensação de que a vida de alguém é boa, significativa e valiosa”.
A Psicologia Positiva aponta um novo caminho na busca pela felicidade. Até pouco tempo atrás a Psicologia estava associada apenas à sessão de terapia, que era vista como um lugar onde as pessoas iam para consertar o que estava errado com elas. De fato, por mais de 60 anos, a Psicologia trabalhou com o “modelo de doença”, dedicando-se, em grande parte, a tratar buscando o que nos faz infeliz, no intuito de remediar, ajudar com o ‘problema’. Agora vamos muito além disso!
O psicólogo Martin Seligman, conhecido mundialmente por suas pesquisas sobre depressão e otimismo, e considerado ‘pai da Psicologia Positiva’ no mundo, ressalta que a Psicologia não é apenas o estudo da fraqueza e do dano, mas também o estudo das forças e virtudes humanas. Tratar não significa apenas consertar o que está com defeito, mas também cultivar o que temos de melhor.
Foi pensando exatamente nesse poder de transformação que Seligman criou a fórmula da felicidade – “PERMA” – onde ele cita cinco elementos essenciais que são os pilares para experimentar o verdadeiro bem-estar:
•Emoções positivas como paz, gratidão, inspiração e prazer.
•Compromisso e engajamento com situações, atividades e tarefas.
•Relacionamentos positivos com aqueles que nos rodeiam.
•Significado ou propósito, ao ir em busca de algo que é maior do que nós mesmos.
•Realização ou conquista de um objetivo.
Mas quais são os benefícios reais da felicidade? A felicidade é mesmo uma coisa boa? Ou, é simplesmente se sentir bem? É importante entender que aprender sobre a felicidade é o primeiro passo pra gente conseguir viver de forma plena, experimentando bem estar e tudo de bom que isso traz. Uma revisão de toda a literatura disponível revelou que a felicidade possui numerosos subprodutos positivos, que parecem beneficiar não só os indivíduos, mas as famílias, as comunidades e a sociedade em geral (Lyubomirsky, King e Diener, 2005).
Os benefícios da felicidade incluem maior renda e resultados de trabalho superiores (por exemplo, maior produtividade e melhor qualidade de trabalho), maiores recompensas sociais (por exemplo, casamentos mais satisfatórios e mais longos, mais amigos, suporte social mais forte e interações sociais mais ricas), mais atividade, energia e fluxo, e melhor saúde física (por exemplo, um sistema imunológico reforçado, baixos níveis de estresse e menos dores) e ainda, mais tempo de vida.
É claro que ter ajuda de um bom profissional nessa construção vai facilitar e fortalecer você no processo, mas investir no autoconhecimento positivo e incorporar ações que cultivem os 5 pilares do bem estar na sua vida diária já podem impactar de forma irreversível sua vida a partir de hoje, esteja como você estiver.
E já que iniciei esse texto falando dos 40% que temos de controle sobre nossa felicidade, preciso te lembrar que suas atividades diárias, suas escolhas e ações são determinantes da sua felicidade, com todos os subprodutos dela. Pesquisadores sugerem que praticar a gratidão, por exemplo, ou desistir de rancores (perdoar) e construir relacionamentos saudáveis são um bom começo!
Posso concluir com as palavras do próprio M. Seligman, “ O bem estar em si é um objetivo individual e nacional plausível” pra atestar que a felicidade está ao seu alcance, ou resumir a importância dessa busca assim: o bem-estar é a nossa capacidade de nos sentir bem e funcionar de maneira eficaz. É o que nos proporciona a resiliência para navegar nos naturais altos e baixos que todos experimentamos nas nossas vidas, enquanto nos permite florescer intelectualmente, emocionalmente, socialmente e fisicamente.
Texto por Liluani de Paula
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Cara prima Liluani, estou agradavelmente surpresa com o texto e feliz por conhecer seu trabalho que se mostra humano, sensível e amoroso.
Parabéns!